terça-feira, 14 de outubro de 2008

FMI


Encerramento da Sexta Sessão ao lado.
















André Lucas, Celeste Cristina e Lucas Mesquita acima.

Fotos: Bárbara Pansardi e Carolina Caldas


Depois de três dias de debates, os delegados finalmente chegaram a um consenso a respeito da reforma do FMI. Com 95,02% dos votos, o documento de resolução só não foi acatado pela China. Brasil e Venezuela aceitaram com ressalvas em relação ao tópico de reelaboração da fórmula das cotas de cada país e suas variáveis.
Ainda ontem, após o fechamento da edição, a relutância do delegado norte-americano em aceitar o aumento no número de cadeiras da Diretoria Executiva conduziu para a não aceitação dessa proposta, uma vez que os EUA são os únicos com poder de veto.
O dia começou com discussões acerca da mudança do cargo de diretor geral do FMI. Foi solicitada maior democratização e transparência no fundo. Não obstante, os países da UE e os EUA requisitaram que a decisão fosse adiada e realizada em conjunto com o Banco Mundial, em reunião que ocorre anualmente.
A contestação das nações a respeito do cargo se deve ao fato de, em 1944, na Conferência de Bretton Woods, os EUA e a UE terem realizado um acordo informal, segundo o qual o diretor do órgão seria sempre europeu e o presidente do BIRD seria americano. Apesar da insistência dos países emergentes em flexibilizar esse acordo, a UE e os EUA rechaçaram a proposta.
A apresentação de diversos documentos de trabalho dinamizou a resolução do tópico. As tensões entre os delegados, contudo, prejudicaram o andamento da sessão. Presos a questões burocráticas e preocupados com as réplicas, os atores causaram a estagnação da discussão por algum tempo.
A respeito do não-cumprimento da cláusula da abertura econômica da China, decidiu-se que as cotas por ela adquiridas em 2006 serão distribuídas entre os países que possuem de 40 a 60% de sub representação, de acordo com a lista divulgada pelo fundo.
Conforme a reunião ocorrida há dois anos atrás, cujo objetivo era atender às reivindicações do G-24, foi aumentada a porcentagem de representação da Coréia do Sul, México, Turquia e China. Todos, à exceção desse último, cumpriram as medidas impostas pelo fórum. O comportamento chinês provocou a insatisfação dos demais Estados, os quais retomaram a concessão.
Questionada sobre o andamento do Mini-ONU, a diretora do comitê, Celeste Cristina, afirmou que atingiu suas expectativas: “Conforme eu esperava, houve mudanças, mas elas não foram profundas”. Ao final da sessão, ela se mostrou contente com o desempenho do grupo.




Bárbara Pansardi e Carolina Tudela Caldas